Pastor convoca fiéis para guerra entre Marcha para Jesus e Parada LGBT de Maringá

O pastor Paulo Klingelfus convocou no ultimo dia 13 os cristãos para uma guerra contra a Parada LGBT de Maringá usando um versículo da Bíblia. “Nossa luta não é contra carne nem sangue mas contra principados”, Efésios 6:12.

“A igreja de Maringá, assim como muitas outras estarão no próximo dia 19 promovendo a Marcha Para Jesus, porém no dia seguinte o movimento gay estará realizando também em Maringá a sua passeata, o que para muitos possa até parecer normal, nos mostra o verdadeiro propósito, pois estão mobilizando caravanas de várias cidade do Brasil para que venham participar”, diz Klingelfus no blog Inforgospel.

O pastor continua: “O versículo nos chama para uma guerra, não contra aos homossexuais, mas contra tudo o que está por traz deste movimento.”

“Nós cristãos amamos os homossexuais, mas não podemos nos calar diante do pecado, a guerra está travada”, finaliza Klingelfus.

Luiz Modesto, um dos organizadores da Parada LGBT de Maringá, disse que os LGBT de Maringá não estão em guerra contra nenhuma igreja ou crença, só estão buscando a garantia dos direitos civis da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. “A Constituição Federa já diz que somos todos iguais perante a lei, só estamos relembrando as autoridades desse artigo”, diz Modesto.

Modesto ainda lembra que a data da Parada LGBT de Maringá foi definida um mês antes da Marcha Para Jesus de Maringá, que não existe essa afronta por parte do movimento LGBT de Maringá e que a data , 20 de maio, é para finalizar a Semana Maringaense de Combate à Homofobia, que por sua vez foi decidida em 2010 pela lei que criou o Dia Municipal de Combate à Homofobia. No dia 17 de meio também se comemora o Dia Estadual, Nacional e Internacional contra a Homofobia.

Em 17 de maio de 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais e em seguida o termo “homossexualismo” foi substituído por homossexualidade uma vez que o sufixo “ismo” é utilizado para referenciar posições filosóficas, ideológicas e/ou científicas, diversos psicólogos e outros afirmam que sua utilização é errônea e usada no passado como forma de associá-la a distúrbio mental ou doença.