Maior jornal do Brasil destaca Parada LGBT de Maringá

A Parada LGBT de Maringá ainda nem aconteceu e já virou notícia no Brasil, nem o mais otimista dos organizadores imaginou tanta repercussão. O Jornal mais influente do país, Folha de S. Paulo (com circulação média diária de 294.498 exemplares) deu destaque na capa de sua versão online o evento.

“Foto de catedral em cartaz de Parada Gay de Maringá (PR) irrita Igreja” é a chamada para a notícia que traz entrevistas com Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, e Luiz Modesto, ativista LGBT e membro da comissão organizadora da Parada. A artista plástica Elisa Riemer também foi destaque da matéria que deve sair na versão impressa do jornal nesta terça-feira.

Mair portal do Brasil, o UOL, também deu destaque ao evento na capa

Leia na integra a matéria da Folha de S. Paulo:

Um cartaz de divulgação da Parada Gay de Maringá (436 km de Curitiba) provocou indignação na Igreja Católica por estampar a foto da Basílica Nossa Senhora da Glória refletindo a explosão de um facho de luz com as cores do arco-íris. A Igreja quer a retirada do cartaz das redes sociais e de sites que defendem a causa gay.

O editor do site “Maringay”, Luiz Modesto, 31, disse que o cartaz é extraoficial e foi desenvolvido pela artista plástica Elisa Riemer, inspirado na capa do álbum “The Dark Side of the Moon”, da banda britânica Pink Floyd.

“Foi um cartaz simpático, com o símbolo de Maringá. Em qualquer lugar usa-se o símbolo da cidade para vender o peixe”, afirma.

Ele diz que outras leituras podem ser feitas, como o facho de luz que aponta de baixo para cima e depois explode no alto, representando a diversidade de Maringá.

O arcebispo dom Anuar Battisti disse à Folha que a catedral não é apenas um símbolo de Maringá, mas também da fé da maioria dos moradores da cidade. “Respeitamos a diversidade, mesmo às vezes não concordando com o modelo de comportamento”, afirma o religioso.

Luiz Modesto, que diz ter recebido um convite para tomar café com o arcebispo nesta terça-feira (17), afirma que a Igreja terá que apresentar bons argumentos para a retirada do cartaz. “Se ele me convencer que eu ofendi a Igreja, eu retiro”, afirma.

Em nota, a Arquidiocese de Maringá disse que “a Igreja Católica não tem a pretensão de domesticar a sociedade, impondo-lhe seus princípios e valores”, mas que o cartaz “confrontou opinião religiosa da parcela maior da comunidade maringaense”.

A Parada Gay de Maringá está marcada para o dia 20 de maio.