Diplomata egípcio sugere que gays não são pessoas de verdade em reunião da ONU

O diplomata chefe da delegação do Egito na ONU, Omar Shalaby, declarou no início desta semana, durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça, que gays não têm proteção garantida e nem considerados “pessoas reais” no Oriente Médio.

“Quanto ao conceito altamente controverso sobre orientação sexual, só podemos reiterar que [os gays] não são parte dos direitos humanos universalmente reconhecidos”, declarou o diplomata.

“Apelamos ao deputado Kiai [Relator Especial da ONU sobre a liberdade de mobilização de organizações pacíficas] que não prejudique a credibilidade e a legitimidade de seu trabalho aos olhos de pessoas reais, que realmente necessitam, especialmente em regiões onde tais conceitos são rejeitados por habitantes cristãos e muçulmanos, como o Oriente Médio”, completou Omar Shalaby, na tentativa de atrelar os direitos civis amplamente divulgados pela ONU a questões religiosas.

Até o momento, a Embaixada do Egito ainda não se pronunciou sobre o caso. Ainda que, no Egito, a homossexualidade não seja considerada um crime, o Governo costuma criar barreiras para impedir a livre manifestação da comunidade LGBT no país.